AS FALÁCIAS FORMAIS MAIS IMPORTANTES: AS FALÁCIAS DO TERMO
MÉDIO NÃO DISTRIBUÍDO, DA ILÍCITA MAIOR E DA ILÍCITA MENOR
TÉCNICA PARA AS DESCOBRIR
As falácias formais – defeitos
na forma do raciocínio – mais importantes na lógica dita aristotélica são
estas:
Termo médio não distribuído
|
Ilícita Maior
|
Ilícita menor
|
O termo médio não tem extensão universal em nenhuma
das premissas.
|
O termo maior tem mais extensão na conclusão do que
na premissa
|
O termo menor tem mais extensão na conclusão do que
na premissa.
|
Considere o seguinte silogismo
Todos os filósofos são pessoas com espírito crítico.
Algumas pessoas com espírito crítico são cientistas.
Logo, alguns cientistas são filósofos.
Perguntemos: que falácia
comete este silogismo?
Comete a falácia da
ilícita maior?
Identifiquemos
o termo maior. O que define o termo maior é ser o predicado da conclusão. O
termo maior é filósofos.
Vejamos qual a sua extensão quer na premissa quer na
conclusão. Vemos que na primeira premissa - Todos os filósofos são pessoas com
espírito crítico – ele está quantificado universalmente ou tem extensão
universal. Está distribuído.
E na conclusão? Na conclusão - Logo, alguns cientistas são filósofos - tem extensão particular.
Dizer que alguns cientistas são filósofos equivale a dizer que alguns
filósofos são cientistas. Lembre – se que predicado de proposição afirmativa é,
regra geral, particular.
Assim, o termo maior – filósofos – é universal na premissa e particular
na conclusão. Não se comete portanto a falácia da ilícita maior porque o
termo maior não tem mais extensão na conclusão do que na premissa.
Um problema está resolvido. O termo maior passou no teste. Vamos
assinalar esse facto a verde.
Todos os filósofos são pessoas com espírito crítico.
Algumas pessoas com espírito crítico são cientistas.
Logo, alguns cientistas são filósofos.
Passemos
a outro problema. Comete a falácia da
ilícita menor?
Identifiquemos
o termo menor. O que define o termo menor é ser o sujeito da conclusão. O termo
menor é cientistas.
Vejamos qual a sua extensão quer na premissa quer na
conclusão. Vemos que na segunda premissa - Algumas pessoas com
espírito crítico são cientistas – ele
tem extensão particular. Dizer que algumas pessoas com espírito crítico são
cientistas equivale a dizer que alguns cientistas são pessoas com espírito crítico.
Lembre – se que predicado de proposição afirmativa é, regra geral, particular.
E na conclusão? Na conclusão - Logo, alguns cientistas são filósofos - tem extensão particular. O quantificador
é “alguns”.
Assim, o termo menor – cientistas
– é particular na premissa e particular na conclusão. Não se comete portanto
a falácia da ilícita menor porque o termo menor não tem mais extensão na
conclusão do que na premissa.
Mais um problema está resolvido. O termo menor passou no teste.
Vamos assinalar esse facto a verde.
Todos os filósofos são pessoas com espírito crítico.
Algumas pessoas com espírito crítico são cientistas.
Logo, alguns cientistas são filósofos.
Como
se perguntou que falácia comete este silogismo, antevê – se que é a falácia do
termo médio não distribuído. É verdade mas temos que justificar essa afirmação.
Vejamos qual a extensão do termo médio em ambas as premissas. O
termo médio é “pessoas com espírito crítico”.
Na premissa maior é particular porque dizer que todos os filósofos são pessoas com espírito crítico
equivale a dizer que algumas pessoas com espírito crítico são filósofos. Lembre – se que predicado de proposição afirmativa é, regra geral,
particular.
Na
premissa menor o quantificador alguns
indica – nos que o termo médio – pessoas
com espírito crítico – está quantificado
particularmente, tem extensão particular.
Assim,
vemos que o termo médio é particular em ambas as premissas. Ora devia ser
universal pelo menos em uma. Este silogismo é inválido ou falacioso. O termo médio não está distribuído ou não tem extensão universal em nenhuma
premissa.
O termo médio não passou no teste. Assinalemos esse facto a vermelho.
Todos os filósofos são pessoas com espírito crítico.
Algumas pessoas com espírito crítico são cientistas.
Logo, alguns cientistas são filósofos.
O termo médio pode ser universal nas duas premissas. O que não pode é ser
particular nas duas. Tem de ser universal – estar distribuído – pelo menos em
uma delas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar