| As Funções da Arte | ||||||||
| A arte deve estar ao serviço da sociedade  | A arte vale por si mesma (A arte pela arte) | A arte é uma forma de catarse e de purificação | A arte é uma forma de evasão | |||||
| O artista deve estar ao serviço da sociedade, contribuir para a   implantação de determinados valores morais e cívicos, deve ter consciência   das suas responsabilidades sociais e subordinar as suas obras à educação da   colectividade, representando acções, personagens e cenas que despertem no   espectador a moral cívica que se supõe dever impregnar a vida de uma   sociedade. Temos, assim, a figura do artista socialmente comprometido ao   serviço da melhoria da ordem social e, quando os tempos o exigem, de ideias   revolucionárias. 
 1.Perigo   de instrumentalização e de submissão da actividade artística por parte do   poder político. 2.Quer a actividade do artista quer o produto dessa   actividade devem ser avaliadas independentemente da sua utilidade (por mais   elevada que esta possa ser). 3. Não é por   uma obra de arte nos instruir, nos tornar moralmente melhores, promover a   unidade e fraternidade entre os seres humanos ou descrever condições reais da   vida que tem valor artístico. | Teoria cujo principal representante foi Óscar Wilde. Para esta   perspectiva a única finalidade que o artista deve ter é produzir e criar uma   obra genuína e realmente artística. A arte não deve promover princípios   éticos e políticos. Deve ser alheia a propósitos pedagógicos e moralizadores. 
 1. A arte, em geral, exerce uma influência de tal modo   profunda sobre os seres humanos que não é aconselhável avaliá-la em termos   simplesmente artísticos. 2. Uma obra com extraordinário valor artístico pode ser o   resultado de uma vontade de denunciar o horror da guerra como a Guernica de   Picasso ou os vícios dos humanos como algumas obras de Bosch. Os Malditos,   filme de Visconti critica com a densidade simbólica que o caracteriza, a corrupção   moral da alta burguesia industrial alemã que apoia os nazis hipotecando a sua   liberdade e auto-destruindo-se. 3. Há   artistas em cuja obra, para além de uma enorme riqueza artística, encontramos   aquilo a que se pode chamar a “ideologia do compromisso com a humanidade”. Em   Beethoven ecoa a ideia de fraternidade universal no “Hino à Alegria” da Nona   Sinfonia (“Todos os homens chegarão a ser irmãos”) e o apaixonado desejo de   liberdade. | Para Aristóteles a função principal da arte (e referia-se sobretudo à tragédia   grega) era a de libertar indirectamente o espectador de certas paixões que   poderiam ser-lhe prejudiciais mediante a contemplação das acções normalmente   funestas que acontecem no palco. O espectador comove-se e revive as paixões que dominam as personagens.   Mediante esse “contágio” libertar-se-ia dessas paixões que seriam   desastrosas, nas suas consequências, se vividas pessoalmente. Segundo   Aristóteles, a tragédia provoca compaixão e piedade no espectador porque este   reconhece que poderia sofrer as mesmas consequências que o herói ou o   protagonista da “peça teatral” se estivesse envolvido em circunstâncias   semelhantes. 
 1.A reacção do público às novelas, agredindo por vezes os   actores que representam personagens desagradáveis e odiosos coloca alguns   limites a esta ideia de arte como catarse e purificação das paixões. | A arte permite, quer ao artista quer ao público, a evasão face a uma   realidade insatisfatória e desagradável. É uma forma de escapar à rotina   quotidiana e de iludir momentaneamente os aspectos dolorosos quer da nossa   existência pessoal quer da vida e da condição humanas. A arte oferece-nos, no   seio deste mundo tantas vezes insuportável e desencantado, “outro mundo”,   maravilhoso, encantador e mágico. Sem esta dimensão extraordinária a vida   seria muito mais difícil de suportar. 
 1.Corre – se o risco de entender em parte o artista como   alguém que nos distrai, o que pode criar uma sobrevalorização de produções   cujo valor artístico é quase inexistente. 2. Nem toda   a produção artística é uma forma de evasão ou de criação de mundos   alternativos dado que não se consegue conviver com os mundos reais em que   existimos. Nem todos os artistas produzem obras de arte para criar um mundo   no qual possam viver porque se sentem desadaptados a este mundo real em que   vivem. «O que julgam que é um artista? Um imbecil que não tem   olhos? A pintura não foi inventada para decorar apartamentos. Ela é uma arma   de defesa e de ataque contra o inimigo». Picasso  | |||||
terça-feira, 1 de março de 2011
ESQUEMA SOBRE AS FUNÇÕES DA ARTE
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