quarta-feira, 2 de março de 2011

FICHA DE TRABALHO SOBRE A CRÍTICA DE FREUD À RELIGIÃO

A CRÍTICA DE FREUD À RELIGIÃO
«Estou em contradição convosco quando, no seguimento das vossas deduções, dizeis que o homem não poderia de modo nenhum passar sem a consolação que a ilusão religiosa lhe dá, que, sem ela, não suportaria o peso da vida, a realidade cruel. Isso é verdade se estivermos a falar do homem a quem desde a infância se deu esse doce — ou doce e amargo — veneno. Mas e do outro que foi educado de forma sóbria? Possivelmente aquele que não sofre de nenhuma neurose não necessita de nenhum narcótico para entorpecer esta. Sem dúvida, o homem encontrar-se-á então numa difícil situação: terá a dura consciência da sua pequenez no seio do universo, do seu desamparo, não será mais o centro da criação, o objecto dos ternos cuidados de uma Providência benévola. A sua situação será semelhante à da criança que abandonou a casa paterna, onde se sentia bem e confortável. Mas não é necessariamente verdade que o estádio do infantilismo está destinado a ser ultrapassado? O homem não pode permanecer eternamente uma criança, tem de aventurar-se no universo hostil. Podemos designar isso por “educação em vista da realidade”; terei necessidade de vos dizer que o meu único desígnio, ao escrever este estudo, é o de chamar a atenção para a indispensável realização deste progresso?»
Freud, O Futuro de Uma Ilusão

a) A religião corresponde para Freud à satisfação de desejos infantis. Justifique.

b) A religião dá um sentido à vida. Freud não o nega. Mas esse sentido é prejudicial ou útil para o ser humano?

c) Por que razão não deve a religião ter futuro?

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