terça-feira, 12 de abril de 2011

A ESTRATÉGIA E A LÓGICA DE MAOMÉ - "TODOS NASCEMOS MUÇULMANOS"

Mesquita Nacional em Abuja, NigériaImage by Moises.on via Flickr
Para o Islão todos nascemos muçulmanos. Por que razão não somos agora todos muçulmanos? Porque lemos os livros errados  - O Antigo e o Novo Testamento - afastando -  nos assim da verdadeira Revelação. Por mais que esta tese desgoste a judeus e cristãos, centremo - nos no que interessa. O Islão pretende ser uma religião universal, a única verdadeira religião. Ora como historicamente surgiu depois das duas outras grandes religiões monoteístas - o Judaísmo e o Cristianismo - tinha que negar a universalidade destas duas religiões. O Judaísmo não era um problema complicado porque sempre foi visto como uma religião nacional - a religião de um povo. Contudo, era preciso negar que houvesse um vínculo especial entre Deus e o povo hebraico, consagrado na ideia de Pacto ou Aliança. Como negar isso? Nascemos todos muçulmanos, não há nenhuma relação especial entre Deus e o povo de Israel. Não há nenhuma aliança entre Deus e Moisés. Nenhum povo eleito. Tal ideia é um perversão da verdadeira Revelação.
E quanto ao Cristianismo? Como proceder com uma religião que se pretende universal? A estratégia de Maomé consistiu em negar a divindade de Jesus. Jesus não é Cristo, não é o filho de Deus. O que é? Nada mais do que um profeta - como muitos outros que apareceram na história de Israel. Repare - se: nem filho de Deus - coisa incompreensível quer para os judeus, quer para os muçulmanos - nem profeta universal. Maomé não podia ser somente o profeta dos árabes. Tinha de ser o profeta  de Deus  para toda a humanidade. Negando a relação especial de Deus com um povo e a divindade de Cristo, Maomé pretendeu fazer do Islão a última, suprema e definitiva revelação. Todos nascemos muçulmanos... Nem o judaísmo nem o Cristianismo são propriamente falando religiões. São erros humanos. Não é de admirar que os muçulmanos se referissem, sobretudo aos cristãos que eram os seus grandes adversários, como infiéis.
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